
Ali eu não me via mais como menina, mas ainda vislumbrava correr o mundo, como se isso fosse a única felicidade da vida. Nessa época meu pai já tinha ido embora, assim como minha veia de poesia. Nessa tarde quando o sol caía e inundava esse espelho d´água em Bariloche, eu procurava uns caquinhos de mim. Com a cola que junta pedaços fui redesenhando novos contornos e me vendo no espelho, comecei a aceitar os novos traços.