
Eu sempre adorei ouvir estórias, desde criança quando minha mãe contava as aventuras dos “Três porquinhos”, a coragem e sofrimento de “João e Maria”. Ouvia e era como se entrasse nelas. Ficava ali olhando para as telhas da casa, ouvindo o barulhinho da rede balançando, até pegar no sono. Eu não me importava em ouvir a mesma estória várias vezes, acho que desde cedo aprendi que algumas delas valem a pena serem ouvidas infinitamente, assim como aquelas estórias de travessuras engraçadas que toda mãe conta e mata a gente de rir num domingo, onde já estamos adultos.
Escuto atenta às estórias que me chegam, muitas vezes busco-as e para ser sincera tem um tipo particular que adoro ouvir, como um casal se conheceu, por exemplo. É uma pergunta que me persegue. Fico ouvindo e o filme começa a passar na cabeça, aí vem de novo um desejo estranho de escrevê-las, reuní-las em um caderno. Aí me pergunto, mas para que isso? Quem vai ler? Com isso a idéia vira ventania e só renasce quando escuto uma outra estória e assim vai sendo. Outro dia pesquisando na Internet encontrei o Museu da Pessoa, uma experiência incrível que convido todos a conhecer para saborearem estórias de pessoas anônimas, mas tão cheias de vida. Um dia prometo não deixar o vento levar minha idéia de escrever estórias dos outros, ai vai nascer um caderno, um blog, site, livro, sei lá, e não importa se alguém vai ler! Um dia hei de escrever o que me contam.Tenho amigas que terão um capítulo inteiro, de tantas estórias que merecem serem escritas.
Veja o site do museu da pessoa:
http://www.museudapessoa.com.br