terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Tentar...Modificar...


Como falei no post abaixo, o ano começou sem listas ou promessas, mas com um desejo bem forte de concretizar algumas mudanças no cotidiano. Uma delas é conseguir viver sem me alimentar de animais. Estou a quase dez anos sem carne vermelha, mas já venho ensaiando esquecer os frangos, que hoje levam ainda mais hormônios do que a carne bovina. Depois de ouvir uma palestra sobre alimentação sem carne, do Dr. Eric Slywitch*, o desejo de conseguir viver sem ter que comer nenhum bicho ficou ainda maior, apesar do prazer que ainda sinto ao degustar camarões e um bom prato de sushi. Mas acredito que quando a decisão acontece por vias não só da saúde, mas, principalmente espiritual, a coisa fica mais séria e talvez mais fácil. É uma questão de crença mesmo! Aceitar que o reino animal não está aqui para ser devorado pelo reino humano e que simplesmente não necessitamos desse tipo de alimento para sermos saudáveis. Mas isso é uma longa estória e uma crença minha, que ainda valerá alguns posts, os incomodados com o assunto que me perdoem.

Aqui em casa depois dessa nossa decisão de abolirmos os bichos da nossa cozinha, já ouvimos de tudo: “Mas como irão repor o ferro?”, “Isso é besteira, ninguém agüenta viver assim!”, “Mas vocês vão ficar quase anti-sociais, pois quando forem comer na casa de alguém?”. Seria tão bom que as pessoas ao invés de rirem da nossa cara tentando nos desencorajar ou nos bombardear de questionamentos de cunho de saúde e até mesmo religioso sobre este tema, deveriam simplesmente respeitar a nossa escolha, a nossa tentativa. Eu não tento convencer a ninguém sobre meus hábitos de alimentares, não saio por ai pregando a vida simples a qual tenho tentado levar. Quero apenas continuar meu caminho buscando ser melhor a cada dia, sem julgar tanto o outro, sem comprar o que não necessito e sem precisar dos animais para matar minha fome.

É bom que fique bem claro que não me sinto superior nem inferior a ninguém por escolher esse caminho. E por que deveria? Cada um faz suas escolhas, traça suas metas. Cada um é responsável pela vida que leva. Eu apenas estou TENTANDO fazer as coisas como manda a minha espiritualidade. O que peço quase como um mantra diário é conseguir trilhar esse caminho segundo as instruções do meu coração.

*Eric Slywitch é é especialista em Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral. Através de seus estudos vem derrubando diversos mitos sobre a prática do vegetarianismo. Atualmente é Coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira e é docente de cursos de pós-graduação nessa área. É autor do livro "Alimentação sem carne – guia prático" publicado pela editora Palavra Impressa (Brasil). Para saber mais: www.alimentacaosemcarne.com.br

Um comentário:

  1. Oi, Mi!!!

    Há 24 não como carne vermelha (ou seja, desde que sou bebê praticamente...rsrsrs ;-)
    Frango e peixe eu parei lá pelos 20 e poucos. Durante a gravidez me obrigaram a comer ao menos peixe (que eu gosto de verdade) e depois tb, durante o um ano em que amamentei e depois mais um tempo. Depois parei de novo. Depois voltei só de vez em quando.

    Meu filho passou os primeiros 3 anos de vida sem comer carne (de tipo algum) ou açúcar. A partir dos 3 anos o açúcar foi meio inevitável, mas sempre em quantidade bem reduzida. Lá pelos 7 ou 8, de tanto choramingar porque os amigos comiam cachorro-quente e outras coisas do gênero (as outras mães atrapalham um bocado, viu?)de vez em quando eu abria uma exceção de fazia um cachorro-quente com salsicha de frango ou algo assim mais leve. Só que depois dos 10 ou 11 anos eu entreguei pra Deus...rsrsrs Não adianta! Eu faço a comida saudável em casa, mas na rua e na casa dos outros, já viu. Mas o lance é que: ele é muuuuuuuito saudável! Saúde perfeita! Eu fiz a minha parte.

    Atualmente, estou em outro estágio: já reduzi bastante os ovos e o leite (somente uso no preparo de bolos, tortas, etc)E estou tentando ampliar cada vez mais a ingestão de alimentos crus. Não me torturo, até porque eu gosto de comer (apesar de comer pouca quantidade), acho que temos que ter prazer nesta vida, sou contra o sacrifício e a penitência...rs Por outro lado, a saúde não tem preço. Tenho uma natural tendência para a alimentação o mais natural possível... sou do tipo que sente prazer enorme comendo saladinhas... que bom!

    Dou a maior força para a sua mudança alimentar! ;-)

    beijão

    PS: nossa! como escrevi!!!rs

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