segunda-feira, 28 de junho de 2010




“A felicidade só é real quando compartilhada”.

A frase é do filme Na Natureza Selvagem (2007, mas que só assisti há poucos dias). Não me lembro de quando um filme obteve similar efeito sobre mim. O filme mostra a história de Chris McCandless, um garoto que desistiu de toda sua vida estável para fazer uma viagem em busca da liberdade e acabou descobrindo muito da essência da humanidade.Ao ler essa frase ele decide fazer o caminho de volta. Assista ao filme. Leia o livro. Ouça a trilha sonora belíssima (composta por Eddie Vader (vocalista do Pearl Jam). Não porque um é melhor do que o outro, mas porque nas suas diferenças incrivelmente se complementam.
Depois passe aqui para me contar como foi a sua experiência pós filme.

sexta-feira, 18 de junho de 2010



Olho para o céu como quem espera uma flecha cair entre os dois olhos para abrir de vez uma janela nova na retina. Não para olhar lá fora, pois os olhos grandes já vêem demasiado. Abrir ali, um terceiro olho a fim de ver o que se esconde no infinito interno que ilumine os recantos escuros que insistem em esconder as pistas. Essas coisas escondidas de mim e que não as posso ver, a noite se transformam em loucas sonâmbulas de camisolas, não sossegam com comprimidos, se misturam a escuridão e criam um abismo intransponível. Chamo os anjos, ancestrais, santos que seguram flores, bichos...E o silêncio continua ali, cortando com ponta afiada meus fragmentos de mapas.

domingo, 13 de junho de 2010

Uma página de 2007


O nosso canto fica escondido entre grandes avenidas, guardado entre diversas ruas que abrigam árvores de flores. Coisa encantadora, mágica sob o concreto dessa terra meio cinza. A rua me faz lembrar aquela canção: "Se essa rua fosse minha...eu mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhante". Não tem asfalto, é cheia de jardins e no fim da tarde ainda tem orquestra de maritacas. Ali os beija-flores se encontram em festa e na minha janela um convite para virem me visitar. Tem um ou dois sagüis que passeiam pelos fios, entre as castanholeiras, além de Sam* e Garfield, os gatos mais lindos da rua, que passeiam pelas casas, como se em cada uma tivessem um elo. São de todos, mas preferem o jardim e o sossego da casa da Jacir, nossa vizinha de frente.

A cidade ferve nos arredores, no entanto naquele pedaço que mais lembra cidade do interior, reina um silêncio quebrado apenas por alguns carros que insistem ter pressa, ou o carro da pamonha, vendendo o puro creme do milho, o caminhão das frutas na sexta feira no fim da tarde, ou o velhinho italiano na sua bicicleta antiga, oferecendo seus serviços de faz-tudo: amola facas, concerta panelas...Essas coisas que quase não se ver no burburinho da cidade grande.

Tem dias que a rua parece agradecer a calma e chama um vento para derrubar as pétalas rosadas das flores no alto das árvores. O chão parece um tapete e muitos nem percebem a beleza desse momento. Agora que o outono começou a mostrar sua exata temperatura, tudo fica ainda mais bucólico. Olho pela janela, sinto o vento frio e meu desejo é tomar um café e ficar bem perto dos meus cachorros, sentindo o quentinho de suas barrigas, em contraste com o frio de seus focinhos. Quero ficar assim o dia todo, até que a noite chegue e traga um abraço e a promessa de mais um fim de semana de vinho e amor pra esquentar meu primeiro outono na terra da garoa.

*Sam, um dos gatos sumiu há quase dois anos, não se sabe o que aconteceu com o mesmo, segundo algumas pessoas da rua, alguém se encantou com sua beleza e o levou daqui. Os saguis também desapareceram há uns meses...no fim da rua sumiram 6 casas e agora vai aparecer um predio moderno e alto.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Puxando a sardinha pra minha lata



Gente! Eu fui entrevistada por um site de moda e arte muito bacana do Rio de Janeiro e aproveito esse meu espaço aqui para divulgar meu trabalho e o site das meninas Lu e Cris, que têm um texto delicioso.Passem lá e deixem suas impressões!

http://duasmodaearte.wordpress.com/2010/05/28/samariquinha-uma-poesia-para-os-olhos/