sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Todo mundo tem o que contar


Eu sempre adorei ouvir estórias, desde criança quando minha mãe contava as aventuras dos “Três porquinhos”, a coragem e sofrimento de “João e Maria”. Ouvia e era como se entrasse nelas. Ficava ali olhando para as telhas da casa, ouvindo o barulhinho da rede balançando, até pegar no sono. Eu não me importava em ouvir a mesma estória várias vezes, acho que desde cedo aprendi que algumas delas valem a pena serem ouvidas infinitamente, assim como aquelas estórias de travessuras engraçadas que toda mãe conta e mata a gente de rir num domingo, onde já estamos adultos.

Escuto atenta às estórias que me chegam, muitas vezes busco-as e para ser sincera tem um tipo particular que adoro ouvir, como um casal se conheceu, por exemplo. É uma pergunta que me persegue. Fico ouvindo e o filme começa a passar na cabeça, aí vem de novo um desejo estranho de escrevê-las, reuní-las em um caderno. Aí me pergunto, mas para que isso? Quem vai ler? Com isso a idéia vira ventania e só renasce quando escuto uma outra estória e assim vai sendo. Outro dia pesquisando na Internet encontrei o Museu da Pessoa, uma experiência incrível que convido todos a conhecer para saborearem estórias de pessoas anônimas, mas tão cheias de vida. Um dia prometo não deixar o vento levar minha idéia de escrever estórias dos outros, ai vai nascer um caderno, um blog, site, livro, sei lá, e não importa se alguém vai ler! Um dia hei de escrever o que me contam.Tenho amigas que terão um capítulo inteiro, de tantas estórias que merecem serem escritas.

Veja o site do museu da pessoa:

http://www.museudapessoa.com.br

5 comentários:

  1. Precisamos ir lá no museo gravar nosso depoimento... Beijão e bom fim de semana.

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  2. Eita que eu nunca tinha pensado nisso...Mas gostei da ideia!bj

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  3. Todo conto, crônica, "causo", anedota etc. geralmente nasce de alguma história real ou de parte dela, Micheline. Mas não é isso o que dá força, densidade e emoção a uma narrativa. É a maneira de se contar que importa. E se você gosta de escrever histórias, não se preocupe com a verdade da pessoa que você tomou como personagem. Narre, conte, faça-o da sua maneira. Aí, mesmo que o seu relato tenha apenas 0,1% da realidade da pessoa que o inpirou, ele poderá ser tão e até mais verdadeiro que uma história vivida. Afinal, qualquer história, ficcional ou "real", é sempre uma mera reprodução de um fato ou fatos vividos.

    Bjs

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  4. Oi Anga, valeu a dica, beijos, obrogada pela visita!

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  5. Micheline, gostei muito de visitar seu blog. Suas histórias não serão levadas pelo vento porque você já está costurando-as aqui num patchwork de lembranças. Faça uma visita ao meu blog para tomar um chazinho. Beijoca, Maria Célia
    http://milagresdamariacelia.blogspot.com/

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