sexta-feira, 18 de junho de 2010



Olho para o céu como quem espera uma flecha cair entre os dois olhos para abrir de vez uma janela nova na retina. Não para olhar lá fora, pois os olhos grandes já vêem demasiado. Abrir ali, um terceiro olho a fim de ver o que se esconde no infinito interno que ilumine os recantos escuros que insistem em esconder as pistas. Essas coisas escondidas de mim e que não as posso ver, a noite se transformam em loucas sonâmbulas de camisolas, não sossegam com comprimidos, se misturam a escuridão e criam um abismo intransponível. Chamo os anjos, ancestrais, santos que seguram flores, bichos...E o silêncio continua ali, cortando com ponta afiada meus fragmentos de mapas.

Um comentário:

  1. Adorei seu blog, Micheline. Tinha certeza de que seria de bom gosto; mas desconhecia seus dotes literários! Quanta expressividade!
    Abraços.

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