quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Ela passou o dia inteiro de asas murchas, assim sem desejos de vôos. Uma angustia ecoando por dentro, nem de música lembrou hoje, só resquícios da conversa de ontem. Frases soltas puxando o pensamento para um lado escuro, sem ar. O dia passou arrastado e silencioso. Uma visita no meio da tarde! Nem isso conseguiu tirá-la do labirinto de ecos. A tarde passou sem freios enquanto ela tentava organizar as atividades e trazer de volta a serenidade. Quando os últimos raios de sol se foram, ela decidiu levar seu corpo pequeno para dar passos por essa cidade ainda tão misteriosa, cheia de esquinas e pessoas apressadas. Um café para aquecer o frio que chega devagar e um doce que sempre a faz mais alegre.

Levar o corpo para passear é também fazer a alma respirar e a dela precisava disso hoje. Voltou para casa com sacolas e com passos lentos, sentindo o vento dessa noite de inverno. Ela sente uma imensa vontade de ter uma varinha de condão com uma estrela na ponta pra pedir um desejo: Que a alegria e a serenidade façam parte das horas da sua mãe, cansada que brincar de Polliana e os outros acreditarem.

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